My body is a cage - Peter Gabriel

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Thursday, January 20, 2011

School Bus


O barulho do motor do autocarro da escola foi o que me despertou dos meus sonhos. Peguei na mala, a mala que já te tinha pertencido, mas que ma tinhas dado como prenda de anos. O Sr. Alberto abriu a porta do autocarro. Subi as pequenas escadinhas e trocámos um bom dia.
Ia a meio do corredor e vi um lugar vazio. Sentei-me no lado da janela e pus a minha mala no lugar do outro passageiro, limitando a hipótese de outros colegas escolherem aquele lugar. Apoiei o meu braço na janela que apoiou a minha cabeça. Lá fora as folhas iam caindo e iam dançando com o vento. Estavam num frenesim inimaginável. Notava que o vento fazia cócegas ás pequenas folhinhas, folhinhas que riam que nem malucas ao receber, nem que fosse por meros momentos, a atenção do vento. Aquela personagem tão importante, tão poderosa e sábia. Passava de boca em boca que o vento contava histórias mágicas e fantásticas, mas verídicas, ás folhas. E estas depois contavam à terra, a terra à água da chuva, a água da chuva contava à água do rio, e assim sucessivamente, até voltar ao vento. Diz-se que isto tudo começou com uma simples história. Devem perguntar-se porque é que se contam ao vento, o vento volta a contar quando foi ele que começou aquilo tudo. Reconta porque, "quem conta um conto, acrescenta um ponto", e de todas as vezes que a história passava de boca em boca, algo de mágico e novo era acrescentado o que fazia com que a história se tornasse mais longa, mas mais bela e fantástica.
Passámos pelo jardim da vila. Aquele jardim que actualmente era só usado por jovens com maus vícios.
E ao passarmos por lá, vi aquele velho banco azul, com a tinta a cascar. Endireitei-me rapidamente, pois vi-te lá sentado com os teus olhos castanhos a acenar-me, belisquei-me na tentativa de perceber se estaria a dormir. Não estava. Voltei a olhar. Já não estavas lá, o que fez com que algo de mim, se tornasse negro e podre.
Chegámos à escola. À medida que ia andando, ia me lembrando que era o teu aniversário. Não era um dia feliz. Mal pus o pé no átrio da escola fui bombardeada pelo teu ex-melhor amigo. "Hoje é o dia" disse-me ele. "Sim" respondi-lhe. "Marta...", "Não vale a pena Gonçalo..".
Virei-lhe as costas, as lágrimas começaram a escorrer pela minha cara. Que parvo que tinhas sido! Deixar-te levar por drogas, que nem felicidade traziam, que fizeram com que aqueles momentos em que me afagavas o cabelo, que me abraçavas, em que nos zangávamos acabassem... Tornaste-te o pior irmão do mundo quando te deixas-te levar por maus caminhos. Quando deixas-te de ser o meu Querido Irmão, e te tornasses no Distante Irmão. Foste quem mais me magoou nesta vida. Magoaste-me em duas formas, por teres feito e tomado as decisões que fizeste, e por teres partido para o além por uma razão... Por favor... Volta..

14 comments:

RITA said...

é mesmo s:

Say Cheese said...

Ainda bem que achas fotonha $:

Helena said...

Que bonito texto querida *.*
E muito obrigada.

Carolina said...

muito obrigada fofinha :3
que texto lindo *.*

Catarina said...

lindo como sempre *-*

PauloSilva said...

Minha linda, o texto está lindo e adorei a importância do vento que tudo conta, tudo trás e tudo leva.

Agora diz-me... não é verídico o texto, ou é? :x

Bem, agradeço-te por estares comigo, Bella <3

Dommin said...

obgd :)*

Alexandra M said...

embora triste, está lindo*

Sara Pereira said...

está lindo o texto, adorei mesmo !
gostei do blog e vou seguir *

marta said...

gosto, gosto muito :)

Helena said...

Sim, sim então? :$

Helena said...

Eu já há algum tempo que não escrevia em Espanhol e decidi variar um pouco :b
Mas, muito obrigada querida *

RuteRita said...

adorei

mary said...

Sendo verídico ou não, está muito bonito. Não a história em si, mas a maneira como é contada e todos os pormenores que contas* :)